The Japan Times - Países aprovam na COP29 regras para as transações de carbono entre países

EUR -
AED 4.277424
AFN 76.282379
ALL 96.389901
AMD 444.278751
ANG 2.0846
AOA 1067.888653
ARS 1666.882107
AUD 1.752778
AWG 2.096182
AZN 1.984351
BAM 1.954928
BBD 2.344654
BDT 142.403852
BGN 1.956425
BHD 0.438198
BIF 3455.206503
BMD 1.164546
BND 1.508021
BOB 8.044377
BRL 6.334667
BSD 1.164081
BTN 104.66486
BWP 15.466034
BYN 3.346807
BYR 22825.091832
BZD 2.341246
CAD 1.610276
CDF 2599.265981
CHF 0.936525
CLF 0.027366
CLP 1073.571668
CNY 8.233458
CNH 8.232219
COP 4463.819362
CRC 568.64633
CUC 1.164546
CUP 30.860456
CVE 110.752812
CZK 24.203336
DJF 206.963485
DKK 7.470448
DOP 74.822506
DZD 151.068444
EGP 55.295038
ERN 17.468183
ETB 180.679691
FJD 2.632397
FKP 0.872083
GBP 0.872973
GEL 3.138497
GGP 0.872083
GHS 13.3345
GIP 0.872083
GMD 85.012236
GNF 10116.993527
GTQ 8.917022
GYD 243.550308
HKD 9.065929
HNL 30.604708
HRK 7.534265
HTG 152.392019
HUF 381.994667
IDR 19435.740377
ILS 3.768132
IMP 0.872083
INR 104.760771
IQD 1525.554607
IRR 49041.926882
ISK 149.038983
JEP 0.872083
JMD 186.32688
JOD 0.825709
JPY 180.935883
KES 150.58016
KGS 101.839952
KHR 4664.005142
KMF 491.43861
KPW 1048.083022
KRW 1716.311573
KWD 0.357481
KYD 0.970163
KZT 588.714849
LAK 25258.992337
LBP 104285.050079
LKR 359.069821
LRD 206.012492
LSL 19.73949
LTL 3.438601
LVL 0.704422
LYD 6.347216
MAD 10.756329
MDL 19.807079
MGA 5225.31607
MKD 61.612515
MMK 2445.475195
MNT 4130.063083
MOP 9.335036
MRU 46.419225
MUR 53.689904
MVR 17.938355
MWK 2022.815938
MXN 21.164687
MYR 4.787492
MZN 74.426542
NAD 19.739485
NGN 1688.68458
NIO 42.826206
NOK 11.767853
NPR 167.464295
NZD 2.015483
OMR 0.446978
PAB 1.164176
PEN 4.096293
PGK 4.876539
PHP 68.66747
PKR 326.50949
PLN 4.229804
PYG 8006.428369
QAR 4.240169
RON 5.092096
RSD 117.610988
RUB 88.93302
RWF 1689.755523
SAR 4.37074
SBD 9.584899
SCR 15.748939
SDG 700.4784
SEK 10.946786
SGD 1.508557
SHP 0.873711
SLE 27.603998
SLL 24419.93473
SOS 665.542019
SRD 44.985272
STD 24103.740676
STN 24.921274
SVC 10.184839
SYP 12877.828498
SZL 19.739476
THB 37.119932
TJS 10.680789
TMT 4.087555
TND 3.436865
TOP 2.803946
TRY 49.523506
TTD 7.89148
TWD 36.437508
TZS 2835.668687
UAH 48.86364
UGX 4118.162907
USD 1.164546
UYU 45.529689
UZS 13980.369136
VES 296.437311
VND 30697.419423
VUV 142.156196
WST 3.249257
XAF 655.661697
XAG 0.019993
XAU 0.000278
XCD 3.147243
XCG 2.098055
XDR 0.815205
XOF 655.061029
XPF 119.331742
YER 277.802752
ZAR 19.711451
ZMK 10482.311144
ZMW 26.913878
ZWL 374.983176
Países aprovam na COP29 regras para as transações de carbono entre países
Países aprovam na COP29 regras para as transações de carbono entre países / foto: STRINGER - AFP

Países aprovam na COP29 regras para as transações de carbono entre países

Os países ricos poderão cumprir suas metas climáticas pagando aos países da África ou da Ásia ao invés de reduzir suas próprias emissões de gases de efeito estufa, após a adoção, neste sábado (23), de novas regras na COP29.

Tamanho do texto:

A decisão, tomada pelos países reunidos na conferência da ONU sobre mudanças climáticas, em Baku, no Azerbaijão, foi recebida com aplausos e chegou após três anos de um debate espinhoso sobre o comércio de créditos de redução de emissões de carbono.

Até agora, os créditos de carbono eram usados sobretudo por empresas que queriam reduzir suas emissões, a fim de se apresentarem como companhias com um balanço de emissões de carbono neutro, e o faziam em um mercado alheio à normativa internacional e marcado por muitos escândalos.

Mas, a partir de agora, para alcançar suas metas climáticas, os países - sobretudo, os ricos, mais contaminantes - poderão comprar créditos de carbono ou firmar transações diretamente com outros países com melhores ações inclusive no estabelecido em seus próprios objetivos.

Esta possibilidade estava prevista no artigo 6.2 do Acordo de Paris de 2015, e a decisão deste sábado a torna efetiva. Vários especialistas dizem temer que estes mecanismos permitam que os Estados se declarem menos contaminantes do que realmente são, criando uma maquiagem verde ou "greenwashing" em larga escala.

No entanto, os países em desenvolvimento, principalmente africanos e asiáticos, contam com estas transações para obter financiamento internacional.

- Suíça, a pioneira -

Os países ricos financiariam atividades que reduzam as emissões de gases de efeito estufa nos países mais pobres, como plantio de árvores, substituição de veículos com motor a combustão por elétricos ou a redução do uso do carvão. Em seguida, registrariam em seu próprio balanço de carbono a redução correspondente de emissões.

Antes mesmo da aprovação dos países-membros da ONU, já tinham sido assinados 91 acordos bilaterais, especialmente por Japão, Coreia do Sul e Singapura, para 141 projetos piloto, segundo dados das Nações Unidas de 7 de novembro.

A Suíça assinou um acordo com Gana para reduzir suas emissões de metano procedentes de resíduos, e um pacto com a Tailândia para financiar uma frota de ônibus elétricos em Bangcoc. Esta é a única transação realizada no momento.

"Se temos a possibilidade de uma redução [de emissões] no exterior e, ao mesmo tempo, ajudar [estes países] é uma [operação] na qual todos ganham", disse na COP29 o ministro do Meio Ambiente da Suíça, Albert Rösti.

- "Ameaça" -

Os promotores das transações de carbono ressaltam que elas permitem gerar receita nos países em desenvolvimento. Mas, seus críticos temem que, com elas, os países se dediquem mais a assinar cheques ao invés de reduzir as emissões em seus territórios.

"Esta é a maior ameaça contra o Acordo de Paris", disse à AFP Injy Johnstone, pesquisadora especializada na neutralidade de carbono na Universidade de Oxford e que acompanhou de perto as negociações finais em Baku. Seu temor é que muitos países "se apoiem nele para alcançar" seus objetivos.

- Projetos à espera -

Paralelamente a este sistema descentralizado, existirá outro sistema - centralizado - de Estados a Estados de intercâmbios de créditos de carbono, aberto tanto para os países quanto para as empresas, conhecido com o nome de "artigo 6.4" no jargão da ONU.

No primeiro dia da COP29, os países adotaram novas normas que enquadram este mercado, com o que apresentaram como padrões melhorados, sob a supervisão de um órgão das Nações Unidas.

"O mercado poderá começar a andar, há muitos projetos à espera", explicou à AFP Andrea Bonzanni, do organismo IETA (International Emissions Trading Association), que reúne mais de 300 membros, inclusive empresas de energia como BP e TotalEnergies.

Apesar do impulso dado na COP29, vários especialistas duvidam que a qualidade dos créditos de carbono vá aumentar realmente nestes mercados regulados.

Segundo Erika Lennon, advogada no Centro para o Direito Internacional do Meio Ambiente (CIEL, na sigla em inglês), será preciso ver se estes mercados "não criariam ainda mais problemas e escândalos que os mercados voluntários de carbono", isto é, os mercados não regulados entre empresas.

Vários estudos têm demonstrado a ineficácia de muitos projetos que tinham sido certificados por organismos privados pouco rigorosos, às vezes em detrimento das populações locais.

T.Sato--JT