The Japan Times - Investigadores da ONU afirmam que Israel comete 'genocídio' em Gaza

EUR -
AED 4.324667
AFN 77.842104
ALL 96.616969
AMD 448.880744
ANG 2.108346
AOA 1079.842973
ARS 1715.751315
AUD 1.753907
AWG 2.119647
AZN 1.99934
BAM 1.956144
BBD 2.370116
BDT 143.93528
BGN 1.953693
BHD 0.443946
BIF 3480.39405
BMD 1.177582
BND 1.512941
BOB 8.149466
BRL 6.559246
BSD 1.176807
BTN 105.766576
BWP 15.471717
BYN 3.398697
BYR 23080.6037
BZD 2.366716
CAD 1.61158
CDF 2590.680376
CHF 0.928761
CLF 0.027451
CLP 1076.892937
CNY 8.250022
CNH 8.23042
COP 4382.653368
CRC 583.002394
CUC 1.177582
CUP 31.205918
CVE 110.284838
CZK 24.272434
DJF 209.556805
DKK 7.469518
DOP 73.842969
DZD 152.567672
EGP 56.147201
ERN 17.663727
ETB 182.974136
FJD 2.675823
FKP 0.872444
GBP 0.871263
GEL 3.161843
GGP 0.872444
GHS 12.885318
GIP 0.872444
GMD 87.141281
GNF 10286.277963
GTQ 9.022623
GYD 246.204287
HKD 9.158837
HNL 31.023449
HRK 7.533814
HTG 154.084164
HUF 386.446721
IDR 19743.336818
ILS 3.75668
IMP 0.872444
INR 105.86914
IQD 1542.632186
IRR 49605.633582
ISK 147.431075
JEP 0.872444
JMD 187.472926
JOD 0.834904
JPY 183.751636
KES 151.802681
KGS 102.934197
KHR 4716.127442
KMF 492.826225
KPW 1059.824793
KRW 1691.920142
KWD 0.362425
KYD 0.980672
KZT 590.743754
LAK 25437.467641
LBP 105398.911455
LKR 364.814073
LRD 208.876685
LSL 19.573238
LTL 3.477093
LVL 0.712308
LYD 6.368118
MAD 10.717328
MDL 19.734466
MGA 5371.943487
MKD 61.556334
MMK 2473.318322
MNT 4188.126392
MOP 9.422355
MRU 46.970269
MUR 54.2394
MVR 18.205879
MWK 2040.558388
MXN 21.157201
MYR 4.773918
MZN 75.253786
NAD 19.573238
NGN 1705.17368
NIO 43.30117
NOK 11.817499
NPR 169.226722
NZD 2.02471
OMR 0.452777
PAB 1.176812
PEN 3.962896
PGK 5.082137
PHP 69.343076
PKR 329.616591
PLN 4.227649
PYG 7975.400738
QAR 4.301274
RON 5.095746
RSD 117.307177
RUB 92.439373
RWF 1714.601139
SAR 4.416319
SBD 9.577858
SCR 16.905892
SDG 708.31505
SEK 10.800015
SGD 1.511591
SHP 0.883491
SLE 28.380359
SLL 24693.306319
SOS 671.317905
SRD 45.041388
STD 24373.566175
STN 24.500662
SVC 10.296808
SYP 13020.412077
SZL 19.566436
THB 37.113253
TJS 10.832303
TMT 4.121536
TND 3.422516
TOP 2.835335
TRY 50.566186
TTD 8.000405
TWD 36.926017
TZS 2901.760579
UAH 49.70843
UGX 4256.7657
USD 1.177582
UYU 46.208312
UZS 14188.491958
VES 346.917
VND 30923.29863
VUV 142.345138
WST 3.262941
XAF 656.072227
XAG 0.015709
XAU 0.000269
XCD 3.182474
XCG 2.120872
XDR 0.815943
XOF 656.072227
XPF 119.331742
YER 280.676818
ZAR 19.618044
ZMK 10599.650387
ZMW 26.35963
ZWL 379.180866
Investigadores da ONU afirmam que Israel comete 'genocídio' em Gaza
Investigadores da ONU afirmam que Israel comete 'genocídio' em Gaza / foto: Omar AL-QATTAA - AFP

Investigadores da ONU afirmam que Israel comete 'genocídio' em Gaza

Investigadores da ONU acusaram Israel nesta terça-feira de cometer um "genocídio" em Gaza com o objetivo de "destruir os palestinos" que vivem no território e culparam o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e outros funcionários de alto escalão do país por instigar o crime.

Tamanho do texto:

A Comissão Internacional Independente de Investigação da ONU (COI, na sigla em inglês), que não fala em nome da organização mundial e é alvo de duras críticas de Israel, afirma que "está acontecendo um genocídio em Gaza", disse à AFP Navi Pillay, diretora da comissão.

"A responsabilidade recai sobre o Estado de Israel", destacou Pillay ao apresentar o documento.

A comissão, que tem a missão de investigar a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados, publicou o relatório quase dois anos após o início da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 em Israel.

Os investigadores afirmam que as declarações explícitas das autoridades civis e militares israelenses, ao lado do padrão de conduta das forças israelenses, "indicam que atos genocidas foram cometidos com a intenção de destruir (...) os palestinos da Faixa de Gaza como grupo".

O relatório conclui que o presidente israelense Isaac Herzog, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant "incitaram a cometer um genocídio e que as autoridades israelenses não tomaram medidas contra eles para punir a incitação".

O Ministério das Relações Exteriores de Israel reagiu de maneira imediata. A pasta afirmou em um comunicado que "rejeita categoricamente o relatório tendencioso e mentiroso", e pediu a dissolução da comissão investigadora.

O ministério também considera que o relatório "é inteiramente baseado nas falsidades do Hamas, branqueadas e repetidas por outros".

- "Campanha genocida" -

A sul-africana Navi Pillay, que foi presidente do Tribunal Penal Internacional para Ruanda e juíza na Corte Penal Internacional, afirmou que os líderes israelenses mencionados "orquestraram uma campanha genocida".

Quase 65.000 pessoas morreram em Gaza desde o início da guerra, segundo números do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas e que a ONU considera confiáveis. O ataque dos islamistas em Israel deixou mais de 1.200 mortos.

A grande maioria dos habitantes de Gaza foi deslocada pelo menos uma vez e outros deslocamentos acontecem à medida que Israel intensifica sua ofensiva para tomar o controle da Cidade de Gaza, onde a ONU declarou um cenário de fome.

A COI concluiu que, desde outubro de 2023, as autoridades e forças israelenses cometeram "quatro dos cinco atos genocidas" enumerados na Convenção sobre o Genocídio de 1948.

Os atos incluem "matar membros do grupo, causar danos físicos ou mentais graves a membros do grupo, submeter deliberadamente o grupo a condições de vida calculadas para provocar sua destruição física, total ou parcial, e impor medidas destinadas a impedir nascimentos dentro do grupo".

A comissão de investigação não é uma instância jurídica, mas seus relatórios podem aumentar a pressão diplomática e servem para compilar evidências úteis para os tribunais.

De fato, a comissão concluiu um acordo de cooperação com a CPI, "com a qual compartilhamos milhares de informações", explicou Pillay, de 83 anos, à AFP.

"A comunidade internacional não pode ficar em silêncio diante da campanha genocida lançada por Israel contra o povo palestino em Gaza. Quando surgem indícios e provas claras de genocídio, a falta de ação para detê-lo equivale à cumplicidade", enfatizou Pillay.

A ONU, como tal, não classificou a situação em Gaza como genocídio, um termo utilizado por vários governantes mundiais, como o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o colombiano Gustavo Petro, o turco Recep Tayyip Erdogan e o espanhol Pedro Sánchez. Em maio, no entanto, o diretor de operações humanitárias exortou os líderes mundiais a "agir para impedir um genocídio".

Em Haia, a Corte Internacional de Justiça (CIJ), a instância judicial máxima das Nações Unidas, pediu a Israel em janeiro de 2024 a adoção de medidas para evitar a execução de qualquer ato de genocídio.

Por sua vez, o TPI emitiu no mesmo ano ordens de detenção contra Netanyahu e Gallant, suspeitos de crimes contra a humanidade e crimes de guerra.

M.Fujitav--JT