The Japan Times - Equatoriana Ana Cristina Barragán apresenta 'Hiedra' em Veneza, uma história de ternura e abandono

EUR -
AED 4.277424
AFN 76.282379
ALL 96.389901
AMD 444.278751
ANG 2.0846
AOA 1067.888653
ARS 1666.882107
AUD 1.752778
AWG 2.096182
AZN 1.984351
BAM 1.954928
BBD 2.344654
BDT 142.403852
BGN 1.956425
BHD 0.438198
BIF 3455.206503
BMD 1.164546
BND 1.508021
BOB 8.044377
BRL 6.334667
BSD 1.164081
BTN 104.66486
BWP 15.466034
BYN 3.346807
BYR 22825.091832
BZD 2.341246
CAD 1.610276
CDF 2599.265981
CHF 0.936525
CLF 0.027366
CLP 1073.571668
CNY 8.233458
CNH 8.232219
COP 4463.819362
CRC 568.64633
CUC 1.164546
CUP 30.860456
CVE 110.752812
CZK 24.203336
DJF 206.963485
DKK 7.470448
DOP 74.822506
DZD 151.068444
EGP 55.295038
ERN 17.468183
ETB 180.679691
FJD 2.632397
FKP 0.872083
GBP 0.872973
GEL 3.138497
GGP 0.872083
GHS 13.3345
GIP 0.872083
GMD 85.012236
GNF 10116.993527
GTQ 8.917022
GYD 243.550308
HKD 9.065929
HNL 30.604708
HRK 7.535429
HTG 152.392019
HUF 381.994667
IDR 19435.740377
ILS 3.768132
IMP 0.872083
INR 104.760771
IQD 1525.554607
IRR 49041.926882
ISK 149.038983
JEP 0.872083
JMD 186.32688
JOD 0.825709
JPY 180.935883
KES 150.58016
KGS 101.839952
KHR 4664.005142
KMF 491.43861
KPW 1048.083022
KRW 1716.311573
KWD 0.357481
KYD 0.970163
KZT 588.714849
LAK 25258.992337
LBP 104285.050079
LKR 359.069821
LRD 206.012492
LSL 19.73949
LTL 3.438601
LVL 0.704422
LYD 6.347216
MAD 10.756329
MDL 19.807079
MGA 5225.31607
MKD 61.612515
MMK 2445.475195
MNT 4130.063083
MOP 9.335036
MRU 46.419225
MUR 53.689904
MVR 17.938355
MWK 2022.815938
MXN 21.164687
MYR 4.787492
MZN 74.426542
NAD 19.739485
NGN 1688.68458
NIO 42.826206
NOK 11.767853
NPR 167.464295
NZD 2.015483
OMR 0.446978
PAB 1.164176
PEN 4.096293
PGK 4.876539
PHP 68.66747
PKR 326.50949
PLN 4.229804
PYG 8006.428369
QAR 4.240169
RON 5.092096
RSD 117.610988
RUB 88.93302
RWF 1689.755523
SAR 4.37074
SBD 9.584899
SCR 15.748939
SDG 700.4784
SEK 10.946786
SGD 1.508557
SHP 0.873711
SLE 27.603998
SLL 24419.93473
SOS 665.542019
SRD 44.985272
STD 24103.740676
STN 24.921274
SVC 10.184839
SYP 12877.828498
SZL 19.739476
THB 37.119932
TJS 10.680789
TMT 4.087555
TND 3.436865
TOP 2.803946
TRY 49.523506
TTD 7.89148
TWD 36.437508
TZS 2835.668687
UAH 48.86364
UGX 4118.162907
USD 1.164546
UYU 45.529689
UZS 13980.369136
VES 296.437311
VND 30697.419423
VUV 142.156196
WST 3.249257
XAF 655.661697
XAG 0.019993
XAU 0.000278
XCD 3.147243
XCG 2.098055
XDR 0.815205
XOF 655.061029
XPF 119.331742
YER 277.802752
ZAR 19.711451
ZMK 10482.311144
ZMW 26.913878
ZWL 374.983176
Equatoriana Ana Cristina Barragán apresenta 'Hiedra' em Veneza, uma história de ternura e abandono
Equatoriana Ana Cristina Barragán apresenta 'Hiedra' em Veneza, uma história de ternura e abandono / foto: Stefano RELLANDINI - AFP

Equatoriana Ana Cristina Barragán apresenta 'Hiedra' em Veneza, uma história de ternura e abandono

A cineasta equatoriana Ana Cristina Barragán apresentou no Festival de Veneza seu mais recente filme, 'Hiedra', onde aborda as feridas da infância e suas consequências, contando a história de uma jovem que busca seu filho, que abandonou quando era bebê.

Tamanho do texto:

É a primeira vez em 26 anos que o Equador apresenta um longa-metragem no festival, desde a estreia em 1999 da mostra de 'Ratas, Ratones, Rateros' ('Ratos e Rueiros') de Sebastián Cordero.

"Isso é muito especial e muito importante para a cultura do Equador", disse Barragán à AFP no Lido, onde o festival é realizado, e disse se sentir "muito grata" por poder apresentar 'Hiedra' no Festival, "porque isso significa continuar criando, abrir mais portas".

O filme compete na categoria de Horizontes, dedicada a novas tendências.

O longa relata o encontro entre Azucena e Julio, dois jovens que carregam uma ferida de infância. Ela, porque teve que abandonar o filho quando era adolescente, e ele, que cresceu em um abrigo e nunca conheceu seus pais biológicos.

"O abandono é uma coisa que sempre esteve no meu trabalho", explicou a diretora, que disse que queria criar personagens que "pudessem explorar também a ternura".

Para o elenco, como já fez em trabalhos anteriores como 'Alba' ou 'La Piel Pulpo', buscou "atores naturais". Neste caso, a grande maioria do elenco era composta por adolescentes, cujo trabalho oferece "algo muito hipnótico".

A equipe de Barragán realizou "1.500 castings" em distintos lugares. Deily Ordóñez, que interpreta uma das residentes do abrigo onde vive Julio, foi escalada na instituição que gravaram o filme porque morava lá.

"Um dos psicólogos nos contou que Deily, a vida toda, quis ser atriz, era seu sonho", disse Barragán.

"Eu fui uma das primeiras que se inscreveram para o casting", comentou a jovem de 21 anos. "O que é contado no filme é quase a experiência que eu vivi, porque nos abrigos chegam muitas crianças de diferentes situações, seja abandono, abuso... o filme me aproxima muito do que eu vivi", comentou Deily.

'Hiedra' é protagonizada pela atriz mexicana Simone Bucio e por Francis Eddú Llumiquinga, que Barragán conheceu no 'Centro del Muchacho Trabajador', um estabelecimento de Quito fundado por jesuítas que oferece programas sociais para jovens e suas famílias.

"Eddú tem algo que quase ninguém tinha: ele é um garoto extremamente inteligente, mas também muito sensível", disse a diretora, de 38 anos.

Para a personagem de Azucena, Barragán afirma que ficou claro que deveria ser interpretada pela mexicana Simone Bucio desde que a viu em 'A Região Selvagem', um filme de Amat Escalante de 2016.

"Azucena é uma mistura de coisas: de raiva, por causa do seu trauma, e [também] é desajeitada, não é uma pessoa de palavras e comunicação, não tem ferramentas emocionais", explicou Bucio.

Segundo Barragán, a mexicana "deu algo especial" a Azucena. "Nem sequer senti a diferença no filme, ela é mexicana e não se sentia tanta diferença nem no sotaque, nem na idade" em relação aos outros atores, afirmou.

Além de explorar o abandono, a solidão, e relações entre pais e filhos, o filme é um reflexo da sociedade equatoriana atual, marcada pelo racismo e pelas relações de dominação.

"O racismo é muito forte no Equador, um dos seus principais problemas", afirmou a diretora, e isso "permeia o filme: a diferença de poder e privilégios".

Sem perder o sorriso, a atriz de Quito reconheceu que trabalhar com jovens tão novos "foi um grande desafio", que ela superou com exercícios de atuação e improvisação: "um trabalho colaborativo".

"Eu dizia a eles: 'vamos conversar sobre isso', e eles contribuíam muito para as conversas, muitas conversas e piadas são criadas por eles", contou. "Obviamente, são adolescentes, alguns se gostavam e havia conflitos... mas, na verdade, foi lindo, criou-se um vínculo muito forte entre eles e também comigo".

M.Yamazaki--JT