The Japan Times - Cinema argentino ganha prêmio em Cannes e ergue a voz contra os cortes de Milei

EUR -
AED 4.272881
AFN 77.164529
ALL 96.633688
AMD 444.548892
ANG 2.082695
AOA 1066.912477
ARS 1675.398908
AUD 1.750469
AWG 2.095721
AZN 1.981854
BAM 1.956896
BBD 2.346404
BDT 142.369709
BGN 1.955329
BHD 0.438578
BIF 3442.37226
BMD 1.163481
BND 1.51049
BOB 8.067517
BRL 6.315492
BSD 1.165047
BTN 104.758201
BWP 15.527627
BYN 3.368071
BYR 22804.235547
BZD 2.343102
CAD 1.611009
CDF 2594.563299
CHF 0.936953
CLF 0.027414
CLP 1075.498961
CNY 8.218363
CNH 8.21625
COP 4470.921632
CRC 569.628713
CUC 1.163481
CUP 30.832257
CVE 110.326769
CZK 24.250734
DJF 207.455258
DKK 7.469062
DOP 75.023293
DZD 151.458562
EGP 55.384159
ERN 17.452221
ETB 180.940527
FJD 2.643196
FKP 0.873666
GBP 0.873949
GEL 3.129478
GGP 0.873666
GHS 13.316456
GIP 0.873666
GMD 85.506594
GNF 10127.800885
GTQ 8.923996
GYD 243.69644
HKD 9.053578
HNL 30.684047
HRK 7.535054
HTG 152.55968
HUF 383.870327
IDR 19410.360287
ILS 3.756387
IMP 0.873666
INR 104.653815
IQD 1526.154457
IRR 48982.567744
ISK 148.622375
JEP 0.873666
JMD 186.413567
JOD 0.82488
JPY 182.314018
KES 150.322437
KGS 101.746599
KHR 4665.13074
KMF 493.31587
KPW 1047.129409
KRW 1709.6431
KWD 0.357294
KYD 0.970839
KZT 600.803794
LAK 25266.037271
LBP 104326.661668
LKR 359.579775
LRD 205.62424
LSL 19.864036
LTL 3.435458
LVL 0.703778
LYD 6.33652
MAD 10.781736
MDL 19.78199
MGA 5197.887836
MKD 61.55592
MMK 2443.948495
MNT 4129.609618
MOP 9.337828
MRU 46.262697
MUR 53.811177
MVR 17.914165
MWK 2020.122337
MXN 21.167624
MYR 4.791171
MZN 74.358051
NAD 19.864036
NGN 1692.248703
NIO 42.86958
NOK 11.796532
NPR 167.613122
NZD 2.011223
OMR 0.447367
PAB 1.165052
PEN 3.917393
PGK 4.943853
PHP 68.96425
PKR 326.581342
PLN 4.225412
PYG 8146.526036
QAR 4.246277
RON 5.088838
RSD 117.432516
RUB 90.632862
RWF 1695.642063
SAR 4.366268
SBD 9.576141
SCR 15.941828
SDG 699.83788
SEK 10.855328
SGD 1.50793
SHP 0.872912
SLE 27.991883
SLL 24397.621167
SOS 664.669276
SRD 44.93424
STD 24081.716033
STN 24.514146
SVC 10.193707
SYP 12864.426259
SZL 19.861034
THB 37.033034
TJS 10.735611
TMT 4.08382
TND 3.424417
TOP 2.801384
TRY 49.563263
TTD 7.890384
TWD 36.29806
TZS 2856.770356
UAH 49.180924
UGX 4127.310783
USD 1.163481
UYU 45.525489
UZS 13983.829212
VES 299.720123
VND 30665.879403
VUV 141.8525
WST 3.243564
XAF 656.321638
XAG 0.019058
XAU 0.000277
XCD 3.144366
XCG 2.099676
XDR 0.816253
XOF 656.321638
XPF 119.331742
YER 277.519409
ZAR 19.771446
ZMK 10472.761496
ZMW 26.940968
ZWL 374.640538
Cinema argentino ganha prêmio em Cannes e ergue a voz contra os cortes de Milei
Cinema argentino ganha prêmio em Cannes e ergue a voz contra os cortes de Milei / foto: LOIC VENANCE - AFP

Cinema argentino ganha prêmio em Cannes e ergue a voz contra os cortes de Milei

O filme "Simón de la montaña", do cineasta argentino Federico Luis, levou o prêmio da Semana da Crítica do Festival de Cinema de Cannes, onde diretores do país presentes na competição criticam os cortes na cultura feitos pelo presidente ultraliberal Javier Milei.

Tamanho do texto:

O primeiro longa-metragem de Federico Luis, sobre a amizade que Simón (interpretado pelo ator Lorenzo "Toto" Ferro) estabelece com um grupo de pessoas com deficiência intelectual, foi o grande vencedor desta seção paralela que premia jovens talentos da indústria cinematográfica.

"Simón de la montaña" é uma das sete produções argentinas nesta edição do festival em suas várias seções, o maior contingente latino-americano deste ano.

Mas o evento acontece em um contexto difícil no país, imerso em uma grave crise econômica que o governo de Milei quer enfrentar reduzindo os gastos do Estado.

No caso do cinema, um corte severo foi imposto à instituição que o promove - o INCAA -, com a suspensão de programas de apoio, a demissão de mais de um quarto de seus funcionários e a interrupção do recebimento de projetos por 90 dias.

"O governo embarcou em uma cruzada contra a cultura, a ciência e a educação", disseram os profissionais do cinema argentino em um comício em Cannes no domingo, onde exibiram uma faixa gigante com o slogan "Cine Argentino Unido" (Cinema Argentino Unido).

"A indústria cinematográfica não é apenas uma questão econômica, dada a importância mínima dos cortes propostos para as finanças públicas, só podemos pensar que essas ações são um ataque ideológico", acrescentaram.

- "Arma patriótica" -

Os organizadores do festival criticaram desde o início esses cortes e apoiaram a causa dos profissionais.

O delegado geral do festival, Thierry Frémaux, defendeu o cinema como uma "arma patriótica" que pode melhorar a cultura de um país e comparou "a difícil situação" da indústria cinematográfica argentina com a boa tendência do setor no Brasil.

A Quinzena dos Diretores, uma seção paralela com foco em novos talentos, também apoiou o cinema argentino, "hoje em perigo, embora esteja repleto de cineastas únicos e empolgantes".

É exatamente nessa seção que Hernán Rosselli participa com "Algo viejo, algo nuevo, algo prestado", um filme que foi aplaudido pela crítica.

"Estamos orgulhosos de como funciona a lei do cinema e como funciona a promoção na Argentina, que é realmente única na América Latina", disse o diretor à AFP.

"Tanto a educação pública quanto o funcionamento da lei do cinema possibilitam que a Argentina tenha um cinema muito heterogêneo, um cinema de classe média e de classe trabalhadora", diz ele, acrescentando que no Chile, Brasil e México "o acesso ao cinema é geralmente mais elitista", em sua opinião.

Os profissionais do setor insistem que a indústria cinematográfica é uma fonte de trabalho para muitas pessoas e criticam o discurso do governo que, segundo eles, classifica os artistas como "parasitas do Estado", como denunciou recentemente a atriz Cecilia Roth.

"A primeira coisa que eles decidem cortar tem a ver com a cultura, e a cultura representa um país, a cultura também é uma indústria e há uma indústria cultural que gera empregos e sustenta famílias inteiras", diz Iair Said, cujo filme "Sundays More People Die" está incluído na seção ACID, de Cannes.

- Futuro sombrio -

Essas medidas terão, acima de tudo, grande impacto sobre a futura produção cinematográfica do país.

Segundo Rosselli, 2024 "é um ano perdido para o cinema argentino porque, durante a primeira parte do ano, o INCAA ficou completamente paralisado".

"Os filmes continuarão a ser feitos com muito esforço, porque os cineastas não deixarão de filmar, mas a indústria cinematográfica, o trabalho no cinema, sofrerá muito", reitera.

"É muito provável que os festivais de cinema dos próximos anos tenham pouca ou nenhuma representação argentina", de acordo com os profissionais que se manifestaram em Cannes.

"Este é o momento crucial em que você tem que levantar a cabeça e lutar com o dobro de esperança, porque quando há um grande inimigo na sua frente, o desejo de lutar se torna muito grande", diz o ator Lorenzo Ferro, protagonista de "Simón de la montaña".

S.Suzuki--JT