The Japan Times - Tema dos abusos sexuais na Igreja já paira sobre papa Leão XIV

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Tema dos abusos sexuais na Igreja já paira sobre papa Leão XIV
Tema dos abusos sexuais na Igreja já paira sobre papa Leão XIV / foto: Andrej ISAKOVIC - AFP

Tema dos abusos sexuais na Igreja já paira sobre papa Leão XIV

Um dos principais desafios do papa Leão XIV é continuar a luta contra as agressões sexuais na Igreja iniciada por Francisco, mas seu histórico ambivalente no Peru gera preocupação entre as ONGs de defesa de vítimas.

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Robert Francis Prevost, de 69 anos, se tornou na quinta-feira (8) o 267º papa após uma longa trajetória no Peru, onde o então bispo de Chiclayo precisou enfrentar esses escândalos que abalam há anos a Igreja católica.

Pouco depois de sua eleição, a Conferência Episcopal Peruana destacou em uma coletiva de imprensa que o sucessor de Francisco "abriu caminho" para a defesa de vítimas de agressões no Peru.

Mas as ONGs Snap e Bishop Accountability emitiram declarações nas quais questionam o compromisso do segundo papa das Américas com a quebra do regime de sigilo.

"O papa Leão XIV transformará a luta contra abusos e encobrimentos em prioridade?", pergunta em um comunicado Anne Barrett Doyle, codiretora da Bishop Accountability.

- "Não publicou" os nomes -

As preocupações remontam ao período em que o primeiro pontífice agostiniano era bispo de Chiclayo, no norte do Peru, entre 2013 e 2025.

"Ele não publicou o nome de nenhum" dos culpados, acrescentou Barrett Doyle.

A Rede de Sobreviventes de Abuso Sexual por Sacerdotes (Snap) lembrou que durante aquele período três vítimas relataram suas acusações à diocese, em vão, e acabaram por denunciá-las às autoridades civis em 2022.

Segundo a ONG, Prevost "não abriu uma investigação" e "enviou informações inadequadas a Roma", de forma que "a diocese permitiu que o sacerdote [denunciado] continuasse celebrando missas".

Anteriormente, como chefe dos agostinianos em Chicago, permitiu que um sacerdote acusado de agredir sexualmente menores vivesse em um convento agostiniano perto de uma escola da cidade em 2000, acrescentou.

- Não privou de títulos -

Em janeiro de 2023, o papa Francisco o chamou ao Vaticano para dirigir o Dicastério (ministério) para os Bispos, substituindo o cardeal canadense Marc Ouellet, que foi acusado de agredir sexualmente uma mulher e renunciou por motivos de idade. Meses depois o nomeou cardeal.

Como prefeito deste dicastério, cabia a Prevost supervisionar os casos apresentados contra bispos acusados de abusos sexuais e de encobrimento.

"Ele manteve o segredo desse processo" e "sob sua supervisão, nenhum bispo cúmplice foi despojado de seu título", lamentou a Bishop Accountability.

- Um "esperançoso" precedente -

Antes de Prevost deixar o Peru, Francisco ordenou a ele intervir no Sodalício de Vida Cristã, uma congregação ultraconservadora de leigos e sacerdotes de origem peruana.

Após sete anos de investigações, o falecido papa argentino ordenou este ano que essa organização fosse dissolvida, após as denúncias contra quatro de seus líderes.

Os membros da cúpula abusaram sexualmente de 19 menores e 10 adultos entre 1975 e 2002, reconheceu a própria congregação.

Pedro Salinas, uma das vítimas, assegurou que Prevost desempenhou "um papel extremamente importante" para a dissolução, destaca Barrett Doyle, sobre um precedente "esperançoso".

Em janeiro, o ainda cardeal Prevost também recebeu no Vaticano José Enrique Escardó, uma das primeiras vítimas que denunciou os abusos do Sodalício.

- Apelo por ações -

O papa Francisco lançou muitas medidas para lutar contra o abuso sexual de menores na Igreja, como a suspensão do segredo pontifício e a obrigação de denunciar os casos à hierarquia.

Mas as associações de vítimas se mostraram decepcionadas com sua linha de ação. Seu sucessor herda agora esta questão, um dos maiores desafios para a Igreja.

Muitos países asiáticos e africanos consideram esse problema como um tabu. E na Europa, a Itália não iniciou uma investigação independente dos casos.

A Snap instou Leão XIV a "tomar medidas decisivas nos primeiros 100 dias" de pontificado contra os abusos sexuais, entre elas uma lei universal de tolerância zero no direito canônico e um fundo de reparação.

"Nós rejeitamos o encobrimento e o segredo, isso faz muito mal, pois temos que ajudar as pessoas que sofreram por más ações", declarou o hoje papa ao jornal peruano La República em uma entrevista de junho de 2019.

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S.Yamamoto--JT